ECONOMIA
O emprego e a remuneração na indústria recuaram em abril, mas perderam a
intensidade da queda, de acordo com informações divulgadas nesta
terça-feira (12) na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário,
realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O recuo do emprego ocorre pelo segundo mês consecutivo ao variar -0,3%
em abril, na relação com março, cuja queda havia sido de 0,4%. O valor
da folha de pagamento real (descontada a inflação) também recuou, com
variação de -0,5% ante queda de 0,7% em março --segunda taxa negativa
consecutiva.
Preços para baixa renda sobem em maio, aponta FGV
Na variação relativa ao emprego, houve queda mais acentuada na
comparação com a abril de 2011, com variação de -1,4% --sétimo resultado
negativo consecutivo nesse tipo de relação e, segundo o IBGE, o mais
intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%). O recuo no quadrimestre chega
0,9%.
O índice da média móvel trimestral (três meses imediatamente anteriores)
registrou variação de -0,2% na passagem dos trimestres encerrados em
março e abril, permanecendo com o comportamento predominantemente
negativo presente desde outubro do ano passado.
Na taxa do acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de -0,1% --o
primeiro resultado negativo desde julho de 2010 e prosseguiu com a
redução no ritmo de crescimento iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
FOLHA DE PAGAMENTO
O valor da folha de pagamento recuou pelo segundo mês consecutivo, na
série com ajuste sazonal, e acumulando nos últimos dois meses perda de
-1,1%. O índice de média móvel trimestral apontou ligeira variação
positiva (0,1%) entre os trimestres encerrados em março e abril, com
clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados de janeiro
(1,3%), fevereiro (1,5%) e março (1,8%).
Na relação com abril de 2011, o valor da folha de pagamento cresceu
4,2%, 28º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O
índice acumulado no quadrimestre avançou 4,5%, acelerando o ritmo de
crescimento frente ao observado no último quadrimestre do ano passado
(2,8%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior.
No acumulado dos últimos 12 meses, a folha teve incremento de 3,8%, mas perde ritmo na relação com maio de 2011 (7,3%).
Os resultados positivos com mais destaque, aponta o IBGE, foram verificadas em Minas Gerais (9,7%) e no Rio de Janeiro (13%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de abril de 2012, o valor da folha
de pagamento no total do país cresceu em 11 dos 18 setores
investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (9,4%),
alimentos e bebidas (6,6%), meios de transporte (6,2%), papel e gráfica
(11,6%) e indústrias extrativas (10,5%). Por outro lado, borracha e
plástico (-3,2%), vestuário (-3,6%), produtos de metal (-1,9%) e
calçados e couro (-3,8%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o
total da indústria.
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