“Sair do armário” pode fazer bem à saúde: em estudo feito por
pesquisadores do Hospital Louis H. Lafontaine (afiliado à Universidade
de Montreal, Canadá), homo e bissexuais que se assumiram para familiares
e amigos apresentavam níveis menores de cortisol, um hormônio que
indica estresse.
A equipe testou 87 homens e mulheres (sendo 41 heterossexuais) com
idade média de 25 anos, por meio de questionários psicológicos e
análises de amostras de sangue, saliva e urina para medir estresse.
“Contrariando nossas expectativas, homens gays e bissexuais tinham menos
sintomas depressivos e menor carga alostática (uma medida de estresse
corporal) do que homens heterossexuais”, aponta o pesquisador
Robert-Paul Juster.
Na província do Quebec (leste do Canadá), muitos homossexuais
franceses se sentem mais acolhidos do que em seu país de origem, onde
atualmente há um intenso debate sobre a legalização do casamento gay e
da adoção por casais homoafetivos. “Como os participantes deste estudo
possuem direitos canadenses progressistas, podem estar naturalmente mais
saudáveis e fortes”, explica – assim, o quão saudável “sair do armário”
pode depender de onde a pessoa está.
“Sair do armário já não é uma questão de debate popular, mas de saúde
pública”, destaca Juster. “Internacionalmente, sociedades precisam
facilitar essa autoaceitação promovendo tolerância, políticas
progressistas, e dissipando estigmas de todas as minorias”.
Questionado sobre a amostra aparentemente pequena, Juster explicou
que, considerando-se os custos (cada participante recebeu U$ 500 – cerca
de R$ 1 mil), o número foi “respeitável”. Além disso, ele acrescentou
que, em estudos neurológicos, é comum buscar informações mais detalhadas
em grupos menores, em comparação com pesquisas epidemiológicas.[The Telegraph] [NY Daily News] [Psychosomatic Medicine]
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