Confira abaixo a reprodução da entrevista de Ellen Roche para o site da Novela Sangue Bom:
brunetty 7 Ellen Rocche: Me livrei de todo e qualquer pudor
Como se sentiu quando soube que iria gravar uma música de funk para a trilha da novela? Você imaginava um dia soltar a voz nesse gênero?
Quando soube que iria interpretar uma funkeira fiquei muito feliz, mas não imaginava que teria que cantar, mesmo porque a Brunetty é uma mulher-fruta que se envolve em muitas polêmicas na trama. Já no workshop da novela, o produtor musical de Sangue Bom, Victor Pozas, veio falar comigo sobre a música e confesso que me deu um friozinho na barriga. No início, seria só uma música, mas já gravei a segunda e o Vincent Villari, autor das músicas e autor de Sangue Bom, juntamente com Maria Adelaide Amaral, já me adiantou que está escrevendo a terceira. Nunca tinha cantado funk, talvez só algum refrão de música, por brincadeira. É muito bacana ter essas músicas na trilha da novela, é um trabalho que fiz com muito amor e espero que vocês curtam e se divirtam tanto quanto eu.
Você deve ter se divertido horrores durante a gravação dessas músicas. Foi isso mesmo?
Sim! Muito mesmo (risos). Já tive algumas experiências cantando quando fiz os musicais do “Zorra Total” e a corista Estela, de “Dalva e Herivelto”, então já me sinto à vontade no estúdio de gravação. Mas com a Mulher Mangaba foi totalmente diferente! A Brunetty tem muita atitude, mas ao mesmo tempo é atrapalhada. Ela é sexy e sangue quente, e eu gostaria que tivesse uma certa inocência e espontaneidade para não cair na vulgaridade. Quis imprimir essa personalidade nas músicas. Meu trabalho de composição foi intenso e, na hora de gravar, fizemos de vários jeitos, tipos e afinações, até encontrar o tom certo dela. O dia da gravação foi incrível! (risos) Dancei e coloquei o pessoal do estúdio pra dançar. A risada rolou solta!
Falam que eu estou mandando bem dançando funk, e cantando bem também. Fico chocada!”Ellen RoccheComo você se preparou em termos de voz? Teve aulas de canto?
O querido e competente Wilson Gava foi meu preparador vocal. Tive poucas, mas suficientes aulas de voz e canto. A nossa preocupação não foi com a afinação, já que, como eu disse, a Brunetty é um personagem específico e quisemos imprimir sua personalidade na música.
Até o sotaque “funkeiro” está perfeito na música. Você acha que esse funk vai bombar nos bailes por aí?
Faço uma funkeira paulista, mas o meu funk tem atitude e sotaque. A letra tem duplo sentido, está muito engraçada… O arranjo, muito legal, é do Mc Leozinho e Dj Buá. Ontem, navegando na internet, achei um vídeo de uma garotinha de 6 anos, de Curitiba, cantando “trela, trela”. Nas minhas redes sociais, as pessoas pedem para baixar a música e nos bastidores da novela a gente se diverte dançando. Cada vez que vejo alguém mencionando a música ou a personagem, fico surpresa. Espero que caia na boca do povo.
E nas ruas, o que as pessoas dizem para você?
As pessoas me abordam para saber quando vai sair o clipe, ou para dizer que estão esperando ansiosas pela música completa. Falam que eu estou mandando bem dançando funk e cantando bem também. Fico chocada! (risos). E pedem pra eu não deixar barato, pra enfrentar a Bárbara Ellen e Damáris. Já estou sendo chamada na rua de Mulher Mangaba.
A parte mais difícil foi me livrar de todo e qualquer pudor, e abandonar o meu senso do ridículo para criar coisas inusitadas, sem a vaidade da Ellen”Ellen RoccheSobre a gravação do clipe, qual foi a parte mais difícil e o que você mais curtiu fazer?
A parte mais difícil e também a mais prazerosa foi me livrar de todo e qualquer pudor, e abandonar o meu senso do ridículo para criar! Criar coisas inusitadas, divertidas, entrar de cabeça no personagem, sem a vaidade da Ellen e abraçar a autoestima da Brunetty. O Fly, nosso coreógrafo, com seu profissionalismo e alto astral, foi fundamental na gravação. E claro, tenho que agradecer a toda equipe, direção, figurino, maquiagem, técnica, arte… Ficou um luxo!
Como está sendo o convívio com as atrizes que fazem as outras mulheres-fruta, incluindo o ator Luiz André Alvim? Todos já são superamigos?
Muito bom! O clima é leve, engraçado. Já estamos combinando de ir a um baile funk juntos (risos). Tenho certeza que todos vão adorar o nosso grupo de funk! A Fernanda Abraão é a Mulher Jambolão, a Dani Vieira é a Mulher Pupunha, a Vânia Love é a Mulher Saputá e o Luiz André Alvim é a Mulher Pau de Jacú. Todos lindos e talentosos!
O assédio dos homens aumentou com o sucesso da Mulher Mangaba? Pode compartilhar alguma cantada engraçada que recebeu recentemente?
Eu geralmente não recebo cantadas, acho que por causa da minha postura. Sou uma pessoa muito discreta e reservada na minha vida pessoal. Se estou em um lugar público, as pessoas chegam até mim com muito carinho, para falar que torcem por mim ou para elogiar o meu trabalho, e a maioria são mulheres. Com a novela, o assédio aumentou bastante! Duas coisas engraçadas que ouvi num evento que participei foram: uma menina loira, supermaquiada, de vestidinho justo e saltão dizendo que estava vestida “estilo Mulher Mangaba”, e quando passei, um rapaz gritou: “Só pra mim ela não dá trela!” (risos).
O que você pode adiantar para o público sobre as peripécias da Brunetty na trama?
A Brunetty vai aprontar muitoooooo, é babado, confusão e gritaria, mas por enquanto não posso adiantar nada, é surpresa! Fiquem ligados em Sangue Bom. Muito obrigado a todos os internautas pelo carinho!