Conheça a seguir um pouco da história destes e de outros “mártires científicos”.
7. Carl Scheele (1742 – 1786)
Diversos elementos químicos devem a Scheele seu lugar na tabela periódica: oxigênio, molibdênio, tungstênio, manganês e cloro foram descobertos por esse conhecido químico e farmacêutico.
6. Elizabeth Fleischman Ascheim (1859 – 1905)
Encantada com a recente descoberta dos raios-X, Ascheim largou o trabalho de contadora, estudou engenharia elétrica e abriu um dos primeiros laboratórios de raios-X dos Estados Unidos. Atendeu diversos pacientes feridos na Guerra Hispano-Americana (1898) e se tornou uma renomada radiologista.
Por conta de experimentos excessivos com raios-X e de falta de proteção na hora de realizar tratamentos (para não deixar os pacientes desconfortáveis), contudo, sua carreira foi abreviada: morreu aos 46 anos, vítima de exposição excessiva a radiação.
5. Alexander Bogdanov (1873 – 1928)
Médico, economista, filósofo, cientista natural, escritor de ficção científica, poeta, professor, político e pioneiro na área de cibernética, Bogdanov foi, também, fundador da primeira instituição do mundo dedicada exclusivamente a transfusões sanguíneas.
Fez com sucesso 11 transfusões em si mesmo, porém a última amostra que usou estava contaminada com malária e tuberculose.
4. Marie Curie (1867 – 1934)
Junto com seu marido, Pierre, Marie Curie foi uma das mais célebres pesquisadoras da radioatividade da história, e seus estudos culminaram no isolamento do polônio e do rádio. Anos de pesquisa (e de exposição direta a elementos radioativos), porém, cobraram um alto preço: leucemia, que levou a sua morte em 1934.
Curiosidade: Marie Curie foi a única pessoa até hoje a receber o prêmio Nobel de duas áreas diferentes (química e física).
3. Haroutune (Harry) K. Daghlian Jr. (1921 – 1945)
Mais uma vítima da radioatividade: durante um experimento para o Projeto Manhattan em 1945, Harry Daghlian derrubou um material dentro de um compartimento com plutônio e o removeu manualmente, se expondo a altíssimos níveis de radiação. Morreu em menos de um mês.
2. Malcolm Casadaban (1949 – 2009)
Professor de genética molecular, biologia celular e microbiologia na Universidade de Chicago (EUA), Casadaban morreu por causa de uma doença que ele mesmo estava estudando: peste bubônica.
1. Richard Din (1987 – 2012)
Focado em criar uma vacina contra a Neisseria meningitidis, uma bactéria capaz de causar meningite, Din também foi vítima da doença que estudava, morrendo 17 horas depois que os primeiros sintomas começaram a aparecer.
Os estragos só não foram maiores porque boa parte das pessoas que haviam entrado em contato com o pesquisador naquele período receberam tratamento preventivo com antibióticos e não foram vitimadas. [MNM]