Para o delegado federal Omar Pepow, entretanto, é improvável que novas prisões aconteçam em breve. “Nós estamos procurando os outros envolvidos. Nos próximos dias, os advogados devem entrar com os pedidos de revogação dos mandados de prisão. Eles devem ficar escondidos enquanto os advogados trabalham”, afirmou Pepow.
O
delegado disse à Agência Brasil não acreditar que os procurados tenham
fugido do País, porque muitos não receberam dinheiro suficiente para
isso. Segundo Pepow, no primeiro momento, as investigações se
concentraram na identificação das contas que receberam valores mais
altos. Agora, um levantamento das contas que receberam valores menores
começará a ser feito em conjunto com a Caixa.
“Essas
pessoas vão ser chamadas a explicar de onde veio o dinheiro. Por que
entrou o dinheiro na conta dele? Se entrar 750 mil na sua conta, você
tem que saber dizer da onde veio esse dinheiro”, disse o delegado.
No
início das investigações, um homem que tinha recebido R$ 5 milhões
chegou a ser preso, mas conseguiu a liberdade provisória depois de
apresentar indícios de que o dinheiro pode não estar relacionado com a
fraude. O delegado optou por preservar a identidade dele diante da
possibilidade maior de inocência.
Segundo
a PF, a quadrilha usou documentos falsos para abrir uma conta-corrente
em uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO). Pouco tempo depois,
cerca de R$ 73 milhões foram depositados na conta. Desviado do banco
estatal, o dinheiro foi depositado como sendo o pagamento de um prêmio
da Mega-Sena que nunca existiu. Por fim, o montante foi transferido para
várias contas. Em nota, a PF informou ter recuperado aproximadamente
70% do total desviado.