Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak acena e sorri na volta de julgamento

Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak acena ao ser transportado em uma maca de um helicóptero militar para o hospital militar do Cairo depois de seu julgamento. (Foto: Mohamed El-Shahed/AFP Photo)

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak  acenou e sorriu, deitado em uma maca, na volta do julgamento por um tribunal do Cairo, nesta sábado (14).

Transportado em uma maca, de um helicóptero militar para o hospital militar do Cairo após seu julgamento. O ex-líder foi ao tribunal pela segunda vez desde que foi solto da prisão de Tora para enfrentar o julgamento de acusações, entre elas a de cumplicidade no assassinato de manifestantes durante a rebelião popular de 2011 que o depôs.

O ex-líder, atualmente em prisão domiciliar, compareceu nesta sétima audiência de apelação sentado em uma cadeira de rodas, atrás de uma espécie de jaula reservada aos acusados, segundo imagens da televisão local.

Mubarak, de 85 anos foi condenado em junho de 2012 em primeira instância à prisão perpétua por cumplicidade na morte de manifestantes durante a revolta de 2011. Ele apelou e a tribuna de cassação ordenou um novo julgamento.

Mubarak pode ser condenado à pena de morte.

Julgamentos adiados
Em 25 de agosto, foram adiados os julgamentos dos três principais líderes da Irmandade Muçulmana, incluindo o guia supremo da confraria, Mohamed Badie, por 'incitação ao assassinato' de manifestantes, e o do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, por 'cumplicidade de assassinato' de manifestantes em 2011.

O processo contra Badie e seus dois assessores, Khairat al-Chater e Rachad Bayoumi, que não estavam presentes por 'motivos de segurança', segundo a polícia, foi adiado para 29 de outubro, com a intenção de que os acusados possam estar presentes.

Fontes ligadas à segurança egípcia explicaram à AFP que os acusados não foram levados ao tribunal neste domingo por medo de que o comboio em que seriam transportados fosse atacado por simpatizantes ou opositores da confraria.

Os três líderes da Irmandade, grupo político do qual faz parte o presidente deposto Mohamed Mursi, e outros três membros podem ser condenados à pena de morte por "incitação ao assassinato" e "homicídio" de oito manifestantes que estavam em frente à sede da confraria, no Cairo, no último 30 de junho.

Neste dia, milhões de pessoas foram às ruas pedir a renúncia do presidente islamita Mursi. Em 3 de julho, uma manifestação convocada pelo exército culminou com a queda do primeiro chefe de estado eleito de forma democratica no Egito.

"As acusações são infundadas, é um julgamento político", disse à AFP o advogado de um dos líderes islamitas antes da audiência.

Apoiadora de Hosni Mubarak segura foto do ex-presidnete egípcio neste sábado (14) do lado de fora da Academia de Polícia, onde Mubarak comparece no tribunal, no Cairo.  (Foto: Khaled Desouki/AFP)Apoiadora de Hosni Mubarak segura foto do ex-presidnete egípcio neste sábado (14) do lado de fora da Academia de Polícia, onde Mubarak comparece no tribunal, no Cairo. (Foto: Khaled Desouki/AFP)

G1

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