Ela é paulista, de origem libanesa, japonesa, brasileira, e dona de um dos corpos mais desejados da avenida. Apesar disso, Sabrina Sato, rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel e madrinha da Gaviões da Fiel, não se considera nada demais. “Não me acho gostosa. Me acho esquisita, fora do padrão, tenho uma pinta no meio da testa, sou meio japonesa, meio libanesa. Procuro valorizar o que tenho de bom”, diz ela, modesta.
Mas o EGO não acha nada disso, e escolheu a japa - como é carinhosamente chamada - para inaugurar os ensaios de carnaval 2014 do site. Este ano, vamos celebrar os 30 anos de Marquês de Sapucaí, a avenida do samba, revivendo um grande samba de cada uma das escolas do grupo especial. Para Sabrina e a Vila, o samba escolhido foi o de 2013, e que rendeu o primeiro campeonato à ela com a escola: "A Vila canta o Brasil celeiro do mundo: água no feijão que chegou mais um”.
ENSAIO RAINHAS DE BATERIA - Sabrina Sato (Foto: Marcos Serra Lima/EGO) Sabrina Sato faz festa no Morro dos Macacos, no Rio,
comunidade que deu origem à Vila Isabel
Sabrina Sato bota água no feijão
“Ano passado, com o enredo ‘Bota água no feijão que chegou mais um’, e o primeiro com o qual fui campeã com a escola, tinha certeza que íamos ganhar. A Vila foi a última a pisar na avenida, e ainda assim fez as arquibancadas levantarem. Foi muita emoção. Chorei no segundo recuo da bateria e quando cheguei na dispersão fui carregada no colo sob os gritos de é campeã. Foi muita emoção!”
Sabrina Sato e a Vila
“Sempre ouvi samba, sempre fui apaixonada por carnaval e ele sempre mexeu comigo. Não saio mais da Vila Isabel. Posso até mudar de cargo, ir para a velha guarda, empurrar carro ou para ala das baianas. Aliás, tenho uma vontade... Quando estiver bem velhinha, sair com a fantasia que usei no ano passado, de pássaro (risos).”
Sabrina Sato só para aparecer?
“Acho que nunca me julgaram assim. Nunca acharam que eu ia para a escola só para aparecer. Sempre tive meu trabalho na TV e estive lá. Aliás, tenho uns dez anos de avenida já... Desfilei no Salgueiro, desfilo na Vila e na Gaviões. Tenho moral.”
Sabrina, a gostosa da avenida
“Não me acho isso tudo, não. Fico feliz de me acharem gostosa, mas me acho esquisita, fora do padrão, meio japonesa, meio libanesa... Tenho uma pinta na testa. Mas há um tempo aprendi a valorizar o que tenho de bom. Encanava muito com celulite, mas aprendi que isso não conta nada. Tudo acaba.”
Sabrina, a gostosa da avenida II
“Você quer saber o que fiz essa semana? Fotografei muito e só comi. Não deu tempo para mais nada. E se eu tivesse que dar uma dica para quem quer ir para avenida, diria para ir aos ensaios das escolas de samba, que emagrece muito. Se der, vou tentar ir ao muay thai, ao boxe ou à musculação. Até tenho três personais: Marcio Lui, que me dá musculação, Rodrigo Ruiz, que me treina no muay thai e no jiu-jitsu e o Chico Salgado, no Rio, que faz treinamento na areia. Mas agora nãoe estou conseguindo ver nenhum.”
Namorado ciumento?
“Ele não liga. Para ele, é tão natural eu estar com pouca roupa. Ele está acostumado. Acho que ele acharia engraçado se colocasse uma calça jeans para ir ao samba.”
Mulher bonita carioca
“Quer ver mulher bonita? Sobe o morro. O Rio tem muita mulher bonita, e elas estão em sua maioria nas favelas porque elas sobem o morro, vão ao samba.”
Apresentadora posou de biquíni e vestido curtinho na edição de março da revista "Nova".
