Da descoberta ao engano
Em 1676, um fragmento de osso fossilizado foi descoberto em uma pedreira de calcário em Oxfordshire, na Inglaterra. Richard Plot, professor de Química da Universidade de Oxford, percebeu que o osso, que identificou corretamente como parte de um fêmur, era grande demais para pertencer a qualquer animal conhecido.Plot acreditava que o osso tinha vindo de um gigante humano bíblico. Brookes redescreveu o espécime 90 anos depois com base em um desenho de Plot, que, com toda a honestidade (como vocês podem ver abaixo), parece um par de testículos humanos. Scrotum humanum, então, era no mínimo adequado.
Eventualmente, o proprietário do fêmur pré-histórico recebeu um nome muito mais digno: Megalossauro.
Ele foi o primeiro dinossauro a ser descrito e nomeado na história da literatura científica, por William Buckland, em 1824 – daí Megalosaurus bucklandi.
Ainda assim, como o primeiro nome dado a tal animal foi Scrotum humanum, mesmo que isso tenha acontecido por uma má interpretação, o geólogo Bill Sarjeant e a paleontóloga Beverly Halstead argumentaram que o nome de Brookes deveria ter prioridade sobre o dado por Buckland. A Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica não concordou, salvando o Megalossauro de seu nome original testicular, e reescrevendo um capítulo da história nem sempre brilhante humana.[Neatorama, io9]