A jovem mais obesa do mundo agora está presa a um sofá

Em 2008 falávamos, sem muito destaque, da garota Georgia Davis que pesava absurdos 210 kg quando tinha somente 15 anos de idade, conferindo lhe o indesejável título de adolescente mais gorda do mundo. Até aí nada de mais, apenas mais uma notícia sobre algo fora do normal. O que me assustou foi que, com a passagem dos anos, o post acumulou quase mil comentários -sem contar as dezenas de insultos grosseiros deletados-, com uma maioria de jovens e crianças desancando Georgia.

Ainda que possamos ler também comentários compreensivos e amáveis, o que destaca mesmo são os insultuosos. O engraçado é que muitos pensam estar se dirigindo diretamente a Georgia e não poupam insultos infantis em meio de, em geral, um péssimo Português. Todos sabemos da possibilidade da maldade inata do ser humano, mas nesse caso sempre me parece que as crianças são mal orientadas ou educadas. Desde 2008 até hoje me pergunto o que leva uma criança a fazer isso.

Como leio a maioria dos comentários, isso acabou me marcando e incomodando muito, motivo pelo qual decidi acompanhar o caso da garota Georgia. Foi assim que em meados de 2009 descobrimos que ela havia feito uma tratamento e conseguiu perder 80 kg. Imediatamente atualizei o post anterior com um link para este novo. Verificamos aqui o caso do fenômeno psicológico que acontece quando as pessoas obstaculizam, fingem não ver, um novo fato ou argumento só para que não precisem deixar de acreditar em "suas "verdades", já que os insultos proliferaram no mesmo artigo.

A jovem mais obesa do mundo agora está presa a um sofá

Hoje descobri que a, agora, moça inglesa de 19 anos, está sofrendo novamente com o efeito sanfona ao ter que conviver com seus 300 quilos de peso. Ela mal pode se mover do sofá, onde inclusive tem que dormir, porque já não pode suportar o próprio corpo.

Desde a última vez que falamos de Georgia, ela já fez uma intervenção cirúrgica seguida de uma estrita dieta acompanhada por especialistas, na qual perdeu quase 100 quilos. Quando voltou para casa e sem nenhum controle alimentício, voltou a recuperar o peso. Para ser levada ao hospital novamente, a casa de sua família teve que ser parcialmente derrubada para que pudesse ser retirada.

No hospital a sua contagem de calorias diárias foi reduzida de absurdos 13.000 para 1.500, e ela perdeu quase 80 quilos. Com a ajuda de uma amiga, Sian, com o qual mora agora, Georgia vinha perdendo, ainda que pouco, peso diariamente, até sofrer uma infecção chamada celulite que causou um inchaço doloroso nas pernas e desatou a agonia do efeito sanfona mais uma vez.

Ela agora passa horas em sua poltrona, vendo TV e lendo seus livros de romance de vampiros favoritos.

- "Tento me alimentar com comida saudável, mas não posso cozinhar neste estado. Algumas semanas está bem, mas outras como a passada, me alimento muito mal, comi muitas bolachas", confessa.

- "É difícil manter uma rotina quando não tenho muita mobilidade. Sian me ajuda muito, mas ela trabalha e não pode ficar aqui me ajudando o tempo todo", diz.

- "Mas de qualquer forma estou melhor do que quando fui para o hospital. Pelo menos estou me pesando regularmente. Naquela época, eu tinha desistido de mim. Eu pensei que o excesso de peso iria me matar e já tinha me preparado para morrer. Eu não vou desistir novamente", conclui.

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