Emoções negativas
O primeiro, realizado por pesquisadores da Universidade de Oslo (Noruega), explorou o contexto dos suspiros e a maneira como eles são percebidos pela pessoa e por quem está por perto. Os voluntários tiveram que associar palavras ao ato de suspirar (como “ativo”, “passivo”, “intenso”, “subjugado”) e dizer com que frequência (e se sozinhos ou em companhia) suspiravam.De modo geral, o suspiro foi associado com humor negativo – desapontamento, frustração, tédio, derrota. Além disso, a maioria dos voluntários relatou que suspira menos em público do que quando não há ninguém por perto.
Por fim, os participantes tiveram de tentar resolver dois quebra-cabeças (um aparentemente difícil, mas possível, e outro aparentemente simples, mas impossível) enquanto eram observados. Durante a atividade, 77% deles suspiraram, cada um em média 4 vezes, e geralmente entre tentativas frustradas – e “frustração” foi justamente o motivo mais relatado pelos participantes.
Exercício pulmonar
O segundo estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Leuven (Bélgica), sugere que o suspiro é uma espécie de “reinício” físico e mental – e que tem um benefício prático.Durante 20 minutos, os voluntários permaneceram sentados enquanto a equipe analisava seus padrões de respiração. Resultado: logo antes do suspiro, o padrão mudava em velocidade e profundidade.
De acordo com os autores, passar muito tempo respirando da mesma forma, sem variações, diminui a eficiência da respiração. Ao suspirar (e, assim, provocar uma mudança no padrão), a pessoa “estica” os pulmões, o que traz uma sensação de alívio e, de fato, pode melhorar a respiração – da mesma forma que se alongar de vez em quando pode fazer bem aos músculos.[LifeHacker, Psychology Today]