Presidente americano tenta apoio para uma possível ação militar no país.
Conflito tem mais de 110 mil mortos, caos humanitário e crise de refugiados. Barack Obama em São Petersburgo, onde participa da reunião do G20, nesta sexta (6) (Foto: Reuters)Barack Obama em São Petersburgo, onde participa da reunião do G20, nesta sexta (6) (Foto: Reuters) O presidente dos EUA, Barack Obama, disse aos líderes do G20 que os Estados Unidos tem alta convicção de que forças sírias usaram armas químicas e destacou a necessidade de reforçar o banimento internacional ao uso dessas armas, disse um importante conselheiro da Casa Branca nesta sexta-feira (6).
Obama fez as afirmações durante jantar dos líderes do G20 que avançou pela noite de quinta-feira e teve como anfitrião o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o principal opositor à iniciativa norte-americana de punir o presidente sírio, Bashar al-Assad, por um ataque químico em 21 de agosto. Os EUA dizem que o ataque, que deixou centenas de mortos, foi realizado pelas forças de Assad.
Ben Rhodes, vice-conselheiro de segurança nacional dos EUA, disse a repórteres que Obama "mais uma vez reforçou a convicção muito alta" de que o governo Assad realizou o ataque com gás venenoso que matou 1.429 pessoas, segundo os EUA.
Ele fez afirmação similar em conversa nesta sexta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping. Tanto Putin como Xi bloquearam qualquer ação do Conselho de Segurança da ONU contra a Síria.
Obama, que busca a autorização do Congresso dos EUA para realizar um ataque militar contra a Síria, disse aos líderes do G20 que é importante reforçar as normas internacionais contra o uso de armas químicas. Ele observou, no entanto, a paralisia que existe no Conselho de Segurança, segundo Rhodes.
Rússia
A Rússia advertiu o governo dos Estados Unidos sobre o risco de atacar os depósitos de armas químicas do regime sírio, em um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
"Advertimos as autoridades americanas e seus aliados que qualquer ataque contra instalações químicas e os arredores provocaria um virada perigosa na crise síria", afirma o comunicado. A nota destaca o risco de contaminação tóxica e a possibilidade de que as armas caiam em mãos de "rebeldes e terroristas".
Síria
O presidente do Parlamento sírio pediu aos congressistas dos Estados Unidos que não autorizem um ataque militar contra seu país, antes de uma votação do Congresso americano prevista para 9 de setembro, informou a agência de notícias estatal Sana.
"Pedimos que não adotem medidas imprudentes, já que têm o poder de afastar os Estados Unidos do caminho da guerra e colocar no caminho da diplomacia", escreveu Jihad al-Laham aos representantes americanos.
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