Dentro
no neurônio é eletricamente negativo e o ambiente em volta dele é
positivo. Quando ferimos uma parte do corpo, o neurônio mais próximo do
local abre na sua membrana os chamados canais de sódio, que permitem a
entrada de íons de sódio. Como esses íons são positivos, o interior da
célula vai perdendo seu estado negativo. Para voltar ao normal, o
neurônio abre seus canais de potássio para a saída de íons de potássio
(positivos) da célula. Essa seqüência de entra-e-sai vira uma reação em
cadeia, que vai passando de um neurônio para outro até chegar ao
cérebro. Lá, essa seqüência de alterações na carga dos neurônios é “traduzida” como um sinal de dor.
Quando
usamos anestésicos, como no dentista, eles interrompem o mecanismo de
transmissão do sinal da dor. O dentista aplica o anestésico na região
onde o dente problemático está. Esses anestésicos, tem, geralmente,
substâncias como a lidocaína e a bupivacaína, que reagem quimicamente
com os neurônios da região machucada, impedindo a abertura dos canais de
sódio, impedindo assim, que a sensação de dor seja transmita até o
cérebro.